Como é o tratamento de metástases hepáticas de tumor de fígado

Dr. Marcel Autran Machado Especialista em cirurgia do aparelho digestivo e cirurgia minimamente invasiva

Postado em: 15/03/2021

Muitos tipos de câncer desenvolvem metástases para o fígado. No entanto, o tratamento das metástases hepáticas não está indicado para todos os tipos de câncer. De um modo geral dizemos que se o tumor primário (que deu origem a metástase no fígado) estiver controlado (sem doença ativa) ou possuir grande resposta à quimioterapia, a retirada da metástase pode trazer benefícios e até cura aos pacientes. 

A metástase originária do câncer colorretal (intestino grosso) é aquela que mais de beneficia hoje do tratamento cirúrgico. Outros tumores, como mama, pulmão, pâncreas, esôfago, estômago devem ser estudados caso a caso, individualmente. As metástases originárias de tumores neuro-endócrinos também se beneficiam de tratamento cirúrgico.
Desta maneira, o tratamento da metástase deve sempre ser feito no âmbito multidisciplinar, junto ao oncologista clínico, radiologista, entre outros profissionais. Logo, o acompanhamento oncológico durante todo o tratamento é primordial, para avaliar a progressão ou regressão da doença, de forma que os médicos responsáveis possam administrar medicações e alternativas mediante a situação atual do paciente.

Tratamento de metástases hepáticas de origem colorretal

As metástases hepáticas podem ser sincrônicas (apareceram junto com o tumor primário) ou metacrônicas (apareceram pelo menos 6 meses ou um ano após o tumor primário). 

As metástases que apareceram mais de um ano após a ressecção do tumor primário (do intestino grosso que deu origem a metástase) podem ser retiradas logo após o diagnóstico se houver condições para isso (número e localização das metástases). Se não houver condição, ou seja houver necessidade de redução do tamanho e número de tumores para que seja possível a sua retirada, o paciente necessitará de quimioterapia para reduzir as metástases. Após certo tempo, o cirurgião, junto com o oncologista e radiologista podem planejar o tipo de ressecção hepática que pode inclusive ser realizada em dois tempos.

As metástases que são sincrônicas podem ser tratadas antes, durante ou depois do tratamento do primário (câncer colorretal). Essa decisão vai depender do número e localização das metástases, presença de sintomas do primário (oclusão intestinal) e resposta à quimioterapia. Se houver muito tumor no fígado, damos preferência ao tratamento do fígado antes pois sabe-se que o crescimento das metástases hepáticas é mais rápido que o crescimento primário. Se o tumor do intestino estiver causando sintomas de suboclusão com risco de levar a quadro obstrutivo, optamos por tratar o primário antes. Em todos os casos de metástases hepáticas de origem colorretal, a quimioterapia é fundamental e deve ser utilizada para reduzir a recidiva da doença e aumentar a chance de cura destes pacientes.  

Conhece alguém que sofre de tumor no fígado e precisa de tratamento de metástases em todo o fígado? Indique o contato de um especialista em câncer no fígado, como o Dr. Marcel Autran, para ajudá-lo.

Artigo escrito pelo Dr. Marcel Autran

Especialista em Cirurgia do Aparelho Digestivo com área de atuação em Cirurgia Videolaparoscópica

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