Gastrectomia: o que é e quando é indicada
Dr. Marcel Autran Machado Especialista em cirurgia do aparelho digestivo e cirurgia minimamente invasivaPostado em: 12/05/2022
Dentre os tipos de cirurgia, a gastrectomia é aquela que tem como indicação para a retirada parcial ou total do estômago.
Em pessoas que precisam reduzir o peso, o procedimento é indicado para que se possa diminuir o tamanho do estômago.
Quais os tipos de gastrectomia existentes?
Alguns quadros de saúde afetam o estômago e demandam que sejam realizadas cirurgias.
A alimentação, após o procedimento, continua naturalmente, embora seja preciso fazer adequações nas refeições, tanto reduzindo a quantidade de alimento quanto aumentando a frequência da alimentação.
A razão para essa mudança se encontra no fato de que o estômago passa a ter formato e tamanho diferentes do que antes do procedimento.
Se os hábitos alimentares não forem alterados, a pessoa pode ter dificuldades para realizar a digestão.
Além disso, pode-se apresentar mal-estar e refluxo.
Os tipos de cirurgia dependem da necessidade do paciente em termos de problemas de saúde.
Pode-se indicar três tipos de gastrectomia:
Gastrectomia parcial
Nesse tipo apenas parte do órgão é removido, a inferior.
Gastrectomia total
Nesse tipo todo o estômago é retirado.
Gastrectomia vertical
Em geral, é feita via videolaparoscopia.
É uma modalidade de cirurgia bariátrica.
Retira-se parte do estômago, mas se mantém o formato vertical, tal como uma manga de camisa.
Quais as indicações?
Quando o problema é localizado em uma região do estômago, essa parte é removida.
O que resta do estômago é ligado ao esôfago ou, ainda, ao intestino delgado.
Tudo isso depende do tipo de gastrectomia.
Quando a gastrectomia é total, o trânsito alimentar continua sendo preservado.
Isso acontece porque o esôfago é unido ao intestino delgado que será responsável pela passagem do alimento ingerido e que será direcionado à digestão.
Há perdas na quantidade ingerida de nutrientes, mas isso é tratado pela suplementação.
O procedimento costuma ser indicado como tratamento de:
- Tumores;
- Obesidade;
- Presença de pólipos no estômago;
- Sangramento recorrente e/ou constante;
- Inflamações crônicas;
- Úlceras pépticas.
A gastrectomia é avaliada como um procedimento de médio e grande porte, dada a sua complexidade, tempo de recuperação e impacto geral no paciente.
Existem riscos associados ao procedimento?
Em se tratando de um procedimento cirúrgico, há sempre o risco de complicações.
Essas complicações são avaliadas durante todas as consultas, pois depende do estado geral de saúde do paciente e se este possui alguma comorbidade.
Dentre os riscos principais estão infecção e inflamação local.
Há possibilidade de presença de fístulas e, também, infecção sistêmica.
Entretanto, as chances de ocorrência são reduzidas, pois o cirurgião prescreve medicamentos e procedimentos a serem seguidos após a cirurgia.
Ademais, o paciente estará em observação, então a equipe de saúde poderá identificar alterações e intervir assim que surgirem.
Quais são os cuidados a serem tomados após o procedimento?
Na gastrectomia parcial, a internação costuma durar sete dias.
Na gastrectomia total, o paciente pode ficar internado por até dez dias.
Nesse período, o paciente pode usar drenos a fim de que os líquidos sejam mais facilmente eliminados.
Demais cuidados devem ser direcionados à:
- Hidratação;
- Suplementação;
- Adequação alimentar à nova composição do estômago;
- Apoio psicológico;
- Apoio familiar;
- Seguir as recomendações médicas;
Dr. Marcel Autran – Cirurgião aparelho digestivo
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